Título: Uma chance para amar
Autor: Mari Monni
Editora: Independente
Ano: 2017
Páginas: 301
Nota: 4,5/5
Autor: Mari Monni
Editora: Independente
Ano: 2017
Páginas: 301
Nota: 4,5/5
Laura não se encaixa nos padrões de uma jovem de vinte e seis anos. Mãe solo, caseira, tranquila e portadora da síndrome de mau humor matinal, tem em sua rotina uma maneira de mascarar a falta de emoção em sua vida.
O lado profissional é uma bagunça. Pagar as contas e sustentar os filhos são suas prioridades. Trabalha como representante comercial, nome chique para não precisar dizer que é vendedora de camisinhas musicais.
Os relacionamentos amorosos simplesmente não existem desde que foi abandonada grávida de gêmeos por seu namorado na adolescência. Adepta de maratonas na Netflix e reuniões de família com uma boa pizza, seus dias são sempre os mesmos. Laura é mãe solo de um casal maravilhoso que preenche seus dias e a faz sentir muito orgulho. Com seu foco totalmente voltado para criá-los da melhor forma possível, ela esquece completamente de si mesma.
Tudo muda quando sua melhor amiga a convence a sair de casa para uma festa, onde Laura conhece o homem dos sonhos. Em meio a comidas elegantes e taças de prosecco, cruza o olhar com o cara mais bonito que já viu na vida. Mas ele precisará de paciência para conquistá-la e Laura terá que deixar os traumas do passado para trás e aceitar uma chance para amar.
♥
Já começo dizendo que eu precisava muito de uma leitura como esta. Comecei Uma chance para amar sem expectativas, apenas pensando que estaria adentrando em uma história de romance, um new adult simples, que não me surpreenderia. E como estava enganada! Nunca imaginaria que o livro se tornaria algo muito mais importante e especial como foi.
Em plena semana das mulheres, tive o prazer de acompanhar a história de Laura. Uma mãe solo de apenas vinte e seis anos que foi abandonada grávida de gêmeos. Como se não bastasse ser abandonada, ela sofreu sérias consequências durante seu único e último relacionamento. Suas inseguranças e seus medos a mantiveram em alerta, impedindo que qualquer outro homem se aproximasse em sua vida nos últimos oito anos.
Ela aprendeu a se cuidar sozinha e acima de tudo a cuidar de seus filhos. Ela prometeu a si mesma que os amaria e que nunca os deixaria se sentirem rejeitados ou desprezados, já que o amor que ela sentia por seus filhos era maior do que qualquer sentimento que ela viesse a sentir por qualquer pessoa.
Karen, melhor amiga de Laura, insiste em levá-la a uma festa, sair um pouco, já que não costuma sair para se divertir. Ela deixa seus filhos com sua mãe e finalmente vai com sua amiga a festa da empresa em que Karen trabalha. E é lá que ela conhece Eduardo e inesperadamente eles acabam se envolvendo durante a festa. Com alguns incidentes, Laura vai embora achando que seria apenas isto e que nunca mais o veria. Mas o destino, meus queridos, é impossível de prever.
Minha primeira impressão quanto a história era de que seria apenas um romance, mas a medida que vamos lendo, pude perceber que é muito mais do que isso. O livro é todo sobre a história de Laura. Uma mulher que já sofreu muito, que já esteve presente em um relacionamento abusivo, que foi abandonada pelo homem que amava, que teve que criar dois filhos lindos sozinha quando ainda era muito nova. É a história de uma mulher que não se deixou abalar pelos medos, frustrações e suas inseguranças.
Como se não bastasse uma personagem principal forte, guerreira, batalhadora, ainda temos personagens secundários maravilhosos! Acompanhamos durante todo o momento Fernanda e Bernardo, os filhos dela e a maneira linda como eles são, como eles aprenderam com o amor e como distribuem o amor que receberam.
Karen, uma melhor amiga que está mais para uma irmã. Sempre esteve ao seu lado nos momentos em que precisava, em quem sempre Laura pode contar como um porto seguro.
E não podemos nos esquecer de Eduardo, um homem lindo, carinhoso, divertido, amoroso, companheiro, ou seja, todas as qualidades que você possa imaginar, ele tinha... Ele era tão perfeito que chegou a me incomodar um pouco, queria um personagem mais real, que tivesse defeitos e que aprendesse com eles.
Laura é realmente um exemplo de mulher. Ela é como nós, ela sente tudo, tem tantas inseguranças consigo mesma. É uma mulher que perdeu muito de sua autoestima, que deixou de acreditar em si mesma, em religiões e superstições. Mas é lindo a maneira que aceita as pessoas que pensam diferente dela, ela busca ter uma mente sempre aberta sobre os assuntos. É uma mulher realista.
E uma das melhores coisas durante a leitura foi ver o amadurecimento da personagem ao longo do livro. Em todo tempo eu queria estar ali do lado dela, reconfortá-la e dizer que tudo iria ficar bem. Eu amei a maneira como o livro me fez pertencer a história de corpo e alma, como parecia que eu não era uma leitora, mas uma das personagens. Acho que por isto que eu queria tanto sentir que Eduardo também era real e não um homem perfeito, inexistente.
Mari Monni é uma escritora excelente, não tenho dúvidas de que a sequência possa ser ainda melhor. Espero muito que todos tenham a oportunidade de ler este livro algum dia.
Em plena semana das mulheres, tive o prazer de acompanhar a história de Laura. Uma mãe solo de apenas vinte e seis anos que foi abandonada grávida de gêmeos. Como se não bastasse ser abandonada, ela sofreu sérias consequências durante seu único e último relacionamento. Suas inseguranças e seus medos a mantiveram em alerta, impedindo que qualquer outro homem se aproximasse em sua vida nos últimos oito anos.
Ela aprendeu a se cuidar sozinha e acima de tudo a cuidar de seus filhos. Ela prometeu a si mesma que os amaria e que nunca os deixaria se sentirem rejeitados ou desprezados, já que o amor que ela sentia por seus filhos era maior do que qualquer sentimento que ela viesse a sentir por qualquer pessoa.
''Mas acho que é normal querer aquilo que não podemos ter.''
Karen, melhor amiga de Laura, insiste em levá-la a uma festa, sair um pouco, já que não costuma sair para se divertir. Ela deixa seus filhos com sua mãe e finalmente vai com sua amiga a festa da empresa em que Karen trabalha. E é lá que ela conhece Eduardo e inesperadamente eles acabam se envolvendo durante a festa. Com alguns incidentes, Laura vai embora achando que seria apenas isto e que nunca mais o veria. Mas o destino, meus queridos, é impossível de prever.
No dia seguinte, ela acaba o encontrando. A tensão que existe entre eles é notória, mas ele terá que ter muita paciência para provar que merece um lugar na vida dela e das crianças.
''Aprender a amar não é uma tarefa fácil, por mais natural que seja. O amor é um sentimento muito volátil, que, facilmente, pode se transformar em ódio ou obsessão.''
Minha primeira impressão quanto a história era de que seria apenas um romance, mas a medida que vamos lendo, pude perceber que é muito mais do que isso. O livro é todo sobre a história de Laura. Uma mulher que já sofreu muito, que já esteve presente em um relacionamento abusivo, que foi abandonada pelo homem que amava, que teve que criar dois filhos lindos sozinha quando ainda era muito nova. É a história de uma mulher que não se deixou abalar pelos medos, frustrações e suas inseguranças.
''O pai deles que não estava pronto para isso. Laura achava que isso era uma desculpa esfarrapada, já que ninguém nunca está pronto para a vida.''
Como se não bastasse uma personagem principal forte, guerreira, batalhadora, ainda temos personagens secundários maravilhosos! Acompanhamos durante todo o momento Fernanda e Bernardo, os filhos dela e a maneira linda como eles são, como eles aprenderam com o amor e como distribuem o amor que receberam.
Karen, uma melhor amiga que está mais para uma irmã. Sempre esteve ao seu lado nos momentos em que precisava, em quem sempre Laura pode contar como um porto seguro.
E não podemos nos esquecer de Eduardo, um homem lindo, carinhoso, divertido, amoroso, companheiro, ou seja, todas as qualidades que você possa imaginar, ele tinha... Ele era tão perfeito que chegou a me incomodar um pouco, queria um personagem mais real, que tivesse defeitos e que aprendesse com eles.
''Quem sabe não devêssemos pesquisar mais sobre aquilo que desconhecemos e ser mais tolerantes com as pessoas que pensam de forma diferente de nós?''
Laura é realmente um exemplo de mulher. Ela é como nós, ela sente tudo, tem tantas inseguranças consigo mesma. É uma mulher que perdeu muito de sua autoestima, que deixou de acreditar em si mesma, em religiões e superstições. Mas é lindo a maneira que aceita as pessoas que pensam diferente dela, ela busca ter uma mente sempre aberta sobre os assuntos. É uma mulher realista.
E uma das melhores coisas durante a leitura foi ver o amadurecimento da personagem ao longo do livro. Em todo tempo eu queria estar ali do lado dela, reconfortá-la e dizer que tudo iria ficar bem. Eu amei a maneira como o livro me fez pertencer a história de corpo e alma, como parecia que eu não era uma leitora, mas uma das personagens. Acho que por isto que eu queria tanto sentir que Eduardo também era real e não um homem perfeito, inexistente.
''Uma vida sem fé é uma vida vazia. Não estou dizendo para você acreditar em deus ou nos espíritos, mas você precisa acreditar em alguma coisa. Nem que seja em você mesma.''
E ao contrário do esperado normalmente, algumas situações do livro não nos é revelada em Uma chance para amar, no final do livro a autora explica que estas respostas encontraremos na sequência, intitulada Deixa-me te amar, onde veremos a história pelo ponto de vista do Eduardo. Espero entender mais o personagem e ter a chance de conhecer a sua versão da história.
''O trabalho, o sucesso, o dinheiro e os problemas por vezes assumem posições de maior relevância do que realmente importa - a família, o amor, os amigos.''
Mari Monni é uma escritora excelente, não tenho dúvidas de que a sequência possa ser ainda melhor. Espero muito que todos tenham a oportunidade de ler este livro algum dia.
- 12:00
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